terça-feira, 6 de setembro de 2011

O Fiat " Otto Vu "


Com design de Fabio Luigi Rapi , sob o comando do engenheiro Dante Giacosa, o Fiat Otto vú  foi apresentado em 1952 no Salão de Genebra.
A denominação “Otto Vu” viria da noção equivocada da Fiat de que a Ford teria o direito exclusivo ao termo V-8.


Fiat 1952

 
Esta machina da Fiat tinha um motor v8 de 105 hp para um peso de 1061kg e atingia cerca de 190km/h.
Foram produzidas 114 unidades, sendo a maioria  coupés e poucos spiders. Outra grande curiosidade é que somente 34 unidades foram feitas pela Fiat, as demais foram produzidas por outras encarroçadoras como a Zagato que fez 32 carros, e as outras feitas por Vignale e pelo estúdio Ghia.


Zagato 53
 
 
Ghia 52
 
 
Ghia Supersonic 53


Vignale 52 Demon Rouge
 
 
 
 
 
Fotos: google
 
 


sexta-feira, 10 de junho de 2011

Buick Streamliner

Num tempo em que a voluptuosidade imperava e as curvas eram um dos traços mais importantes em variadas áreas, Norman E. Timbs criou, em 1948, um dos ícones supremos do mundo dos carros clássicos, o Buick Streamliner.



Engenheiro mecânico, Timbs levou mais de dois anos para terminar este elegante roadster, assegurando a qualidade do seu trabalho a capa da revista Motor Trend, além de artigos em outras importantes edições como a Mechanics Illustrated, Popular Mechanics e a Motor Life.



Composto por um chassi de aço e um corpo em alumínio trabalhado à mão,o design de Norman distanciou-se dos cromados excessivos e das enormes barbatanas traseiras que dominavam o mundo automóvel da América. Ainda hoje um dos carros mais raros do mundo, único, já nos anos quarenta o Buick Streamliner era uma raridade para os americanos, e talvez tenha sido ele mesmo o grande ícone e o modelo seguido no pós-guerra.




Quase 50 anos se passaram para que se tornasse a ouvir falar na criação de Norman E. Timbs, ao ser encontrado em 2002, no deserto, praticamente intocado. Foi então comprado em leilão e restaurado por Dave Crouse da Custom Inc. em Loveland, Colorado, a pedido dos novos proprietários, Gary e Diane Cerveny de Malibu, Califórnia.


                                 


Depois de uma restauração completa, fiel e exigente, 2010 foi o ano em que este magnífico clássico reapareceu ao mundo no Amelia Island Concours d'Elegance, concorrendo na categoria Motor Trend Cover Cars, da qual não saiu vencedor, infelizmente.


 



Fonte: obviuosmag.org

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Corvair Testudo

Será leiloado dia 21 sábado, o Chevrolet Corvair Testudo 1963, e mais 5 carros conceito do estúdio Bertone. Desenhado por Giorgetto Giugiaro, este auto já foi citado aqui no blog por ter inspirado o desenho do nosso VW SP2.
A venda dos modelos é parte do processo de concordata aberto em 2007 pelo estúdio italiano Bertone e exigencia do consórcio privado que adquiriu a empresa.
É esperado atingir valores acima de 2 milhões de euros para cada modelo, no leilão que será realizado pela empresa RM Auction especializada em leilões de automóveis de luxo.

                                                                         Corvair Testudo 1963





Fonte: Folha.com

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Cord Duesenberg

O nascimento de um dos mais revolucionários veículos produzidos é atribuído ao projetista Gordon Buehrig que, após breve passagem pela General Motors, sob o comando de Harley Earl, retorna a trabalhar na Duesenberg Motors, adquirida por Erret Loban Cord poucos anos antes.
Buehrig foi designado a desenvolver um novo modelo, mais acessível ao mercado em relação aos Duesenberg ofertados por valores muito altos naquele momento  .


Utilizando-se de conceitos não aproveitados na sua passagem pela GM, desenvolveu um inovador projeto, com tração dianteira, motor V8 de 4,7 litros e 125 CV produzido pala Lycoming. Surgia então o Cord 810, que é apresentado em 2 de novembro de 1935 no Salão do Automóvel de Nova York.
Com faróis retráteis e sem a grade do radiador, Buehrig inova criando entradas de ar na forma de venezianas  ao longo do capo para a entrada de ar. Como tinha tração dianteira, não possuía o eixo de transmissão para as rodas traseiras, o que permitiu reduzir sua altura, facilitando a entrada na cabine e dispensando os estribos laterais.


Quatro versões foram produzidas:
Cord 810 Sportsman ( conversível 2 lugares )
Phaeton ( conversível 4 lugares )
Westchester e Beverly , ambos sedans de 4 portas , carroceria fechada, sendo que o último com acabamento mais luxuoso.


Em setembro de 1937 encerra-se a produção do Cord 810 e 812 (este com motorização 45 CV mais potente). Foram produzidas aproximadamente 2900 unidades deste revolucionário automóvel que estava muito a frente de seu tempo e que recebeu em 1951 pelo Museu de Arte Moderna de Nova York o título de um dos dez melhores designs de automóveis da história.




Fotos: google
Fonte : MG Clube/ Herve Salmon

sexta-feira, 1 de abril de 2011

DKW GT Malzoni

A história do Gt Malzoni começa em 64, quando Rino Malzoni fabrica o primeiro protótipo feito em chapas de metal e motorização DKW para as pistas de competições. O carro era fabricado na fazenda de cana de açúcar de Rino em Matão, interior de São Paulo. Logo obteve sucesso, diante de seus concorrentes que eram os carros da Willys, principalmente o Interlagos, os FNM JK e os Simca.




Pouco tempo depois, Jorge Lettry, que comandava o departamento de competições da Vemag, e o projetista Genaro "Rino" Malzoni,  juntaram-se a Anísio Campos, piloto e designer, Luis Roberto Alves da Costa, Miltom Masteguin e Mario César "Marinho" de Camargo Filho, piloto da Vemag para desenvolver um esportivo totalmente nacional.
Fundou-se então a Lumimari, nome formado pela junção de Luis, Milton, Marinho e Rino, que iniciou o projeto do novo carro para produção em série, o GT Malzoni. Modelo pequeno e leve, cerca de 900 kg, com com carroceria de plástico reforçado e fibra de vidro, com inspirações nos modelos italianos, mais especificamente na Ferrari 275 Gt.



A pequena empresa foi reconhecida em 14 de setembro de 1966 pelo GEIMEC ( Grupo Executivo das Indústrias Mecânicas) como integrante do parque automobilístico brasileiro, e mudou seu nome para Puma Veículos e Motores; o veículo DKW Malzoni GT passou a se chamar Puma GT.




Fonte: best cars
Foto: quatro rodas/ google

quarta-feira, 16 de março de 2011

Ari Antonio da Rocha e o Aruanda

O idealizador e promotor do Salão do Automóvel, Caio de Alcântara Machado criou no início dos anos 60 o Prêmio Lucio Meira de Design Automobilístico, para incentivar designers e estilistas automotivos brasileiros. Em 64 revelou-se então um jovem de vinte e poucos anos chamado Ari Antonio da Rocha, recebendo o prêmio daquele ano pelo projeto de um mini carro urbano chamado Aruanda, que também viria a receber no ano seguinte o prêmio de projeto mais inovador no Salão de Turim, na Itália.


O projeto iniciou-se em 61, após estudos do problema de tráfego urbano, onde, não sendo possível ampliar as dimensões das ruas e avenidas, resolveu-se compactar os veículos, que na época tinham na sua grande maioria, motores de grande potência e carrocerias enormes para transportar geralmente uma pessoa.
Em 66 o então presidente do senado australiano, em nome da Associação dos Fabricantes de Automóveis propôs construí-lo na Austrália, utilizando um motor elétrico. Nacionalista, Ari recusou, queria que fosse construído no Brasil, para recuperar a identidade nacional meio perdida. Após cinco anos de tentativa, Ari frustrado, desistiu de produzí-lo.


                                       Aruanda no Salão de Turim

O estúdio Fissore na Itália foi o responsável pela confecção do único exemplar do Aruanda, que após anos perdido foi encontrado em péssimo estado e devolvido ao seu criador . Depois de tentativas frustradas de patrocínio para restaurar o Aruanda, Ari resolveu por conta própria bancar a empreitada que ficou a cargo do restaurador  Ricardo Oppi, a quem eu já mencionei na postagem do Onça.


                                                               O Aruanda já restaurado


Ari também teve passagem marcante na Vemag no departamento de estilo, desenvolvendo nova gama de cores para os veículos, e foi o responsável pela mudança da abertura das portas dianteiras do DKW, que no seu entendimento eram perigosas, além de causarem embaraço para as mulheres que usavam saias e deixavam à mostra seus joelhos.


                                             DKW Belcar





Fotos: CCAL
          Maxicar

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Onça, o Mustang nacional

A FNM pretendia honrar a tradição da marca Alfa Romeo em desenvolver parcerias com grandes designers, só que de forma totalmente nacional. Assim, na metade dos anos 60, com a parceria do designer Rino Malzoni nascia o Onça. O monobloco era emprestado do FNM 2000, com distância entre eixos encurtada e com carroceria em  plástico reforçado com fibra de vidro, como nos GT Malzoni. As linhas eram "super" inspiradas no Ford Mustang. Assim que a Alfa Romeo italiana  soube da iniciativa de sua "filial" brasileira, não gostou e ordenou que a produção e comercialização fossem suspensas.



FNM Onça

Eu tinha grande curiosidade em ver esse carro pessoalmente, o que aconteceu ano passado no encontro em  Águas de Lindóia. Como pouquíssimas unidades foram fabricadas, ver um carro desses restaurados é sempre uma grande motivação. Parabéns ao Ricardo Oppi, proprietário desse belo exemplar, aí embaixo.






Fonte: Memória sobre rodas - Fabio Steinbruch
Foto : Quatro Rodas